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Carlos Matheus - Eletricidade
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quinta-feira, 12 de julho de 2007

Dispositivo DR

O DR é um dispositivo que atua conforme a diferença de corrente entre os pólos. Há um toróide dentro do invólucro que, para cada pólo de entrada (fases e, quando tem, neutro), há uma bobina envolvendo o toróide. Dentre estas, há uma bobina auxiliar ligada a um relé (que faz a interrupção).

Se houver diferenças entre as correntes que entram no DR (acima do limite), haverá um resíduo de fluxo magnético no toróide, que induzirá uma tensão (e, conseqüentemente, uma corrente) na bobina auxiliar, alimentando o relé e desarmando o DR. O dispositivo apenas detecta correntes residuais, ele não atua em sobrecargas ou curto-circuitos. Há modelos disjuntores DR que atuam contra curto-circuito, sobrecarga e corrente residual.

A ligação do DR deve ser feita com as fases e o neutro (quando houver). Vale lembrar que o condutor de proteção (exceto o PEN (neutro e terra conjugado)) não entra no DR, senão ele seria incapaz de detectar justamente a corrente de fuga.

(Vale lembrar que corrente de fuga oriunda de choque elétrico (fase-terra) sempre é detectada pelo DR, se acima de sua sensibilidade).O DR não pode ser instalado em qualquer tipo de instalação, dependerá do esquema de aterramento adotado:

  • TT: pode-se utiliza-lo, visto que o condutor de proteção (onde a corrente de fuga passará) não passa pelo DR.
  • TN-C: não pode ser utilizado, pois como o condutor é conjugado, a corrente de fuga entrará no DR do mesmo jeito (pelo condutor PEN).
  • TN-S: pode-se utiliza-lo. O condutor de proteção que conduzirá a corrente de fuga.
  • IT (neutro com impedância): pode instalar, sendo que como a corrente de fuga neste sistema é pequena, possa ser que o DR não detecte (salvo quando há várias fugas num mesmo circuito).
  • IT (neutro isolado): neste sistema, não faz muito sentido instalar DR, visto que a corrente de fuga, em geral, ou não existe ou é muito pequena (pois a impedância neutro-terra é muito alta).
Quando falo que num esquema de aterramento, um DR não possa ser utilizado, eu me refiro à condição de detecção de corrente de fuga oriundas de falhas de isolação (e não de correntes que retornem pela terra, em si). Este tipo de corrente, que retornam pela terra, são características de choques elétricos (contato indireto em massas, ou contato direto com fase).

Para qualquer esquema de aterramento (exceto IT (neutro isolado ou com impedância)), podemos utilizar o DR para proteger os trabalhadores contra choques elétricos (fase-terra): quando a vítima tocar na massa energizada, uma corrente tenderá a sair da massa, seguir pelo corpo e voltar ao sistema elétrica pela terra. Ou então contato direto na fase. É fácil perceber que o DR está em apenas um sentido do caminho (na ida da corrente, pela fase; a corrente de fuga não estaria retornando pelo neutro). Assim, haverá uma corrente residual sendo detectada por ele.

Vale lembrar que choques fase-fase ou fase-neutro não são detectados pelo DR (desde que a(s) fase(s) e/ou o neutro em questão sejam do mesmo circuito do DR).Em esquemas IT (neutro com impedância ou isolado), como já dito, a corrente de fuga é muito pequena (principalmente no último), às vezes impecerptível aos DRs (dada a alta impedância para retorno de corrente pela terra ao transformador). A instalação do DR deve ser estudada, visto que, se instalado nos alimentadores principais de uma instalação, e um equipamento apresentar fuga, o DR atuaria e toda a instalação cairia. Assim, ficaria difícil para detectar a origem do problema.

Já ouvi falar que o DR detecta curto-circuito entre bobinas de um motor. Bom, a depender da intensidade do curto, o DR atua por causa da elevação da corrente (disjuntor DR). Porém, atuar por corrente residual, vejo um equívoco. Um motor trifásico, alimentado por três fases, caso haja uma falha na isolação, pode apresentar corrente de fuga entre bobinas. Porém, esta corrente retornará pelas próprias fases, o que não resultaria em diferença de corrente, pois a soma das correntes entre as fases seriam sempre igual a zero.

Caso a falha de isolação seja entre a bobina e a massa, aí claro que o DR atuará, pois a corrente de fuga estaria sendo conduzida pelo terra, e não retornando por alguma fase.

O DR deve ser instalado em áreas sujeitas a lavagens (chão molhado), por exemplo, cozinha, área de serviço e banheiro, e em tomadas externas à edificação (ou que alimentem máquinas situadas na área externa).

Em esquemas IT, a utilização do DR não é obrigatória, quando a continuidade é imprescindível à segurança de alguém (salas de cirurgia ou serviços de segurança, por exemplo).

5 comentários:

Unknown disse...

valew, ajudou num trabalhim aqui!

Anônimo disse...

ALGUEM CONHECE COMO CALCULAR SE PRECISO UTILIZAR UM DR DE 30 mA OU 100 mA.

oBRIGADO

Unknown disse...

de muito proveito essa sua dica ,obrigado !!!!

Unknown disse...

muito aproveitador essa sua dica ,obrigado !!!!

gilmanascimentonoel@hotmail.com disse...

tenho um pequeno salao de beleza e comprei um secador de 2400w e diz que devo ter um dr.vc acha que importante porque?quais as vantagens?