O dispositivo de proteção contra surtos elétricos (também conhecido como pára-raio eletrônico) é um aparelho que conduz quando há um pico de tensão. Dentro dele, há um varistor de óxido de zinco que é associado a um dispositivo de segurança. Este varistor deixa a corrente passar quando a tensão em seus terminais passa da tensão limite. A passagem da corrente por ele é proporcional à tensão que atinge ele. Esta passagem gradual de corrente por ele que garante que a tensão da saída não aumente.
Já o dispositivo de segurança serve para tirar de operação o varistor se ele passar de sua vida útil, for danificado ou se for submetido a tensões acima de sua capacidade. Há uma sinalização mecânica de seu estado de operação: verde (em serviço) ou vermelho (com defeito).
Geralmente, os DPS são ligados no quadro geral de distribuição, onde cada um pega uma fase, no final se interligam e são ligados ao neutro.
Quando se quer proteger um equipamento mais sensível, como um computador, também há disponível no mercado DPS para instalar diretamente na tomada onde o computador (ou outro equipamento) será ligado. Vale lembrar que este DPS poderá ou não proteger outros equipamentos (se ligados no mesmo circuito), mas o computador estará protegido.
Há duas origens para as sobretensões momentâneas na nossa rede: ou vem de fora, da malha aérea (provocada por raios, por exemplo), ou vem de dentro, pelo acionamento/desligamento de máquinas.
Pois bem, se os surtos estão vindo de fora de sua instalação, o mais viável econômica e tecnicamente é instalar o DPS na entrada QGD (quadro geral de distribuição). Assim, você não correrá riscos do surto atingir um equipamento, e nem pagará pela corrente surto fluindo pela sua instalação (perdas por Joule).
Agora se o causador dos surtos for por exemplo, uma máquina de solda, é melhor instalar o DPS diretamente nesta máquina. Assim, você garantirá que o surto gerado por ela não atinja outras máquinas, e que não será estabelecida correntes de surto pela instalação, garantindo a economia de energia.
Por isso que às vezes a instalação de DPS no QGD acarreta quase nada de economia de energia. Imagine que sua carga geradora de surtos está no ponto distante da sua instalação; o DPS conduzirá a corrente gerada por ela, isto é, a corrente sairá lá da máquina e virá pelos condutores até o DPS. Assim, haverá perdas por efeito Joule.