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Carlos Matheus - Eletricidade
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domingo, 19 de agosto de 2007

Dispositivo de Proteção contra Surtos - DPS

O dispositivo de proteção contra surtos elétricos (também conhecido como pára-raio eletrônico) é um aparelho que conduz quando há um pico de tensão. Dentro dele, há um varistor de óxido de zinco que é associado a um dispositivo de segurança. Este varistor deixa a corrente passar quando a tensão em seus terminais passa da tensão limite. A passagem da corrente por ele é proporcional à tensão que atinge ele. Esta passagem gradual de corrente por ele que garante que a tensão da saída não aumente.

Já o dispositivo de segurança serve para tirar de operação o varistor se ele passar de sua vida útil, for danificado ou se for submetido a tensões acima de sua capacidade. Há uma sinalização mecânica de seu estado de operação: verde (em serviço) ou vermelho (com defeito).

Geralmente, os DPS são ligados no quadro geral de distribuição, onde cada um pega uma fase, no final se interligam e são ligados ao neutro.

Quando se quer proteger um equipamento mais sensível, como um computador, também há disponível no mercado DPS para instalar diretamente na tomada onde o computador (ou outro equipamento) será ligado. Vale lembrar que este DPS poderá ou não proteger outros equipamentos (se ligados no mesmo circuito), mas o computador estará protegido.

Há duas origens para as sobretensões momentâneas na nossa rede: ou vem de fora, da malha aérea (provocada por raios, por exemplo), ou vem de dentro, pelo acionamento/desligamento de máquinas.

Pois bem, se os surtos estão vindo de fora de sua instalação, o mais viável econômica e tecnicamente é instalar o DPS na entrada QGD (quadro geral de distribuição). Assim, você não correrá riscos do surto atingir um equipamento, e nem pagará pela corrente surto fluindo pela sua instalação (perdas por Joule).

Agora se o causador dos surtos for por exemplo, uma máquina de solda, é melhor instalar o DPS diretamente nesta máquina. Assim, você garantirá que o surto gerado por ela não atinja outras máquinas, e que não será estabelecida correntes de surto pela instalação, garantindo a economia de energia.

Por isso que às vezes a instalação de DPS no QGD acarreta quase nada de economia de energia. Imagine que sua carga geradora de surtos está no ponto distante da sua instalação; o DPS conduzirá a corrente gerada por ela, isto é, a corrente sairá lá da máquina e virá pelos condutores até o DPS. Assim, haverá perdas por efeito Joule.

3 comentários:

FABRICIO S. FREITAS disse...

Muito bom! Sou estudante de emgenharia elétrica e em minhas pesquisas não tinha encontrado nada tão claro e direto.
Obrigado!
Fabricio.

Mitchy Iashmine disse...

Realmente, muito bom.
Eu estava a procura de conteúdos sobre DR e DPS para um trabalho técnico escolar. O primeiro eu já havia conseguido, mas o segundo encontrei em poucos lugares e o melhor foi aqui. Está tudo muito bem explicado e de fácil compreensão.
Parabéns.

Anônimo disse...

sou lucas estudante de eletrotecnica, obrigado pelo esclarecimento!